Nascida em 23 de setembro de 1970, a bióloga Silvania Santos complementa seus estudos com cursos de artes cênicas e cinema desde 1995. Cursou interpretação para teatro no Tablado, cinema com Walter Lima Jr e TV com Alexandre Klemperer. Estudou linguagem de cinema Joaquim Três Rios (efeitos visuais no cinema), Eduardo Aguilar (Assistência de direção), dentre outros.

Atuou como assessora pedagógica no projeto “Cinema-Escola” do Grupo Estação, no Rio de Janeiro. Fundou o projeto “Cineapreender”, em Belo Horizonte, que levava alunos de escolas públicas e privadas ao cinema e oferecia palestras e oficinas sobre a linguagem do cinema. Foi uma das fundadoras do grupo “A Tela e o Texto”, para reunir pesquisadores interessados na interface entre literatura e cinema, grupo este que hoje é um projeto de extensão da UFMG. Atuou no coral do Tablado e é integrante do grupo de samba Cristino e Cia. Além de atriz e cantora, é professora de biologia na Escola Parque e contadora de histórias na creche “Fazer Arte”. Também é autora do blog aeducadora.blogspot.com, um canal de discussão da educação - formal e não formal.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Produção ou reprodução cinematográfica?

O trabalho do roteirista de cinema depende fundamentalmente de editais públicos, mas esses programas não atendem à demanda dos autores brasileiros e costumam privilegiar os profissionais especialistas na "cultura do Caô e a do super star": quem sabe escrever uma boa justificativa ou tiver nomes poderosos, leva a grana e faz o filme. Os projetos apresentados pela produtora que já teve êxito de público em filmes anteriores também entram na lista das prioridades. Essas são algumas das razões que fazem os filmes ficarem cada vez mais parecidos. Ontem estive no Odeon para assistir "O bem amado" e nos traillers percebi duas tendências: representação da violência ou o reprodução da estética televisiva. A sensação de dèjá vu é inevitável... Como então ampliar o espaço para novos cineastas ou projetos diversificados de modo a arejar a produção e criar critérios mais justos que os estabelecidos na seleção dos roteiros dos editais que já existem? Podemos começar pensando em como são selecionados os membros das comissões que avaliam os projetos de roteiro e brigando para que o critério seja a qualidade da estrutura e do ritmo da narrativa e não pela grandiloquencia dos temas, como aqueles que representam fatos históricos ou fazem adaptação de livros conceituados. Quando  interessar aos selecionadores a história que o roteirista vai contar e como ela será contada, nossa produção cinematográfica dará um salto.



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